sábado, 23 de outubro de 2010





Faça-me sorrir quando os dias
claros ficarem nublados e o morno sol se for do céu.
Diga-me poesias se um dia por
acaso os outros se calarem e as costas me derem.
Lembre-me da cor quando o azul,
o verde, e o vermelho se tornarem preto e a luz do dia se apagar sem
energia.
Rasgue-me o peito quando as
emoções acabarem e os sentimentos se destruírem por falta de
calor.
Busque-me quando o abismo do
tempo me engolir e o passo frenético das horas me dissiparem como
terra batida no chão.
Encha-me de sensações quando os
olhos se calarem e as mãos mortas murcharem como pétalas arrancadas.
Esqueça-me apenas quando a
esperança de mudar a fera de carne for engolida pela ferocidade inconsequente.
Tenha-me em seus braços quentes
quando nem mesmo meus versos garranchosos conseguirem me
redimir.

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